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terça-feira, 7 de julho de 2015

ABUSO DE VIAGRA NA INDÚSTRIA PORNÔ PÕE ATORES EM RISCO DE IMPOTÊNCIA


Com milhares de dólares dependentes de suas ereções, atores pornôs tomam (e injetam) medicamentos contra disfunção erétil em doses excessivas e desenvolvem dependência física e psicológica

Traduzido do artigo de Tracy Clark-Fiory para o site The Fix
Há quase um ano, Danny Wylde acabou no pronto-socorro com uma agulha de injeção gigante espetada em seu pênis ereto. E esse não era o problema; era o tratamento.

Depois de tomar 80 miligramas (quatro vezes a dose máxima recomendada por dia) de Cialis, uma droga contra disfunção erétil, o ator pornô de 28 anos estava mantendo a maior ereção de todos os tempos – uma ereção que simplesmente não acabava. Quando finalmente chegou na emergência, o pau duro conseguido com assistência farmacêutica já perdurava há mais de doze horas seguidas. Se continuasse, havia riscos de que ela causasse danos permanentes para seus tecidos penianos, e talvez que o ator até perdesse completamente o membro de que sua carreira dependia tanto. Os médicos só encontraram uma solução: utilizar uma seringa para drenar o sangue de seu pênis.

Ao longo de sua carreira de oitos anos na indústria dos filmes adultos, Wylde havia usado Cialis rotineiramente e experimentado uma vez ou outra o Bimix, droga injetável contra disfunção erétil que é aplicada diretamente no pênis. Essa era a terceira vez que seus hábitos o fizeram parar no hospital – mas dessa vez a coisa era diferente. O médico no pronto-socorro lhe disse que, a não ser que ele deixasse de usar essas drogas, ele poderia perder a habilidade de ter ereções. “Foi aí que eu meio que entrei em pânico”, conta Wylde. “Eu não ia abrir mão do sexo aos 28 anos para que eu continuasse a participar de filmes pornôs por mais algum tempo”. Ele deixou de atuar em filmes pornôs no dia seguinte.

Foi uma decisão destruidora. “Essa era minha carreira há oito anos. Era meu trabalho, meu sustento, minha identidade – e tudo isso desmoronou de um dia para outro”, ele lamenta. “Foi um terremoto.” Alguém pode perguntar: por que não continuar a fazer pornôs, mas sem a ajuda farmacêutica? Impossível, responde Wylde. “Antes de tomar as drogas, eu falhava nas cenas”, recorda-se. “Eu não conseguia fazer o que tinha que fazer.”

(Pesquisas apontam que o uso regular de Cialis e Viagra por jovens na população geral pode levar à dependência psicológica e prejudicar o funcionamento sexual normal, o que por si só aumenta a dependência. A utilização de drogas contra disfunção erétil na indústria pornô excede muito a média de utilização entre os jovens em geral.)

A história de Wylde pode parecer extrema, mas o uso dessas drogas em excesso do que recomenda a receita médica é o padrão na indústria dos filmes adultos. “Que eu saiba, há apenas dois atores que eu acredito que realmente não tomam esses remédios”, estima Wylde. “Tenho quase certeza que todos os outros tomam. Eu diria até que a maior parte deles toma os remédios todas as cenas.” Às vezes quem fornece as drogas são os produtores ou diretores dos filmes. Na verdade, em 2012 um contra-regra processou a Adult Entertainment Broadcast Network, alegando que foi forçado a injetar Trimix nos pênis dos atores apesar de suas objeções contra administrar drogas em pessoas sem prescrição médica.

Em despeito da prevalência das drogas contra disfunção erétil nessa indústria, são poucos os atores que estão dispostos a falar abertamente sobre isso. Quando eu perguntei a um ator famoso (que prefere se manter anônimo) se ele já havia visto outros atores tomar essas drogas no set de filmagem, ele disse “Os atores não tomam esses negócios perto de outros atores, você devia saber. Que macho quer admitir que não é um garanhão sexual naturalmente?”. Quanto a seus próprios hábitos, ele admite “Eu costumo tomar meio Viagra se eu tenho duas cenas no mesmo dia, para dar uma forcinha. O lema é ‘não vai te machucar, só vai te ajudar’.”

O problema é que às vezes o abuso vai te machucar. Alguns anos atrás, o premiado diretor de filmes pornôs Axel Braun teve que despachar um ator famoso para o hospital. Eles haviam encerrado a filmagem de uma cena de sexo há poucas horas, e estavam aguardando para filmar algumas cenas de diálogo quando Braun percebeu que o astro ainda estava com uma ereção. “Ele estava pálido, e seu pau de 30 centímetros estava estourando através da calça.” A ereção do ator persistiu por seis horas. Ele havia usado a droga injetável Caverject e acabou tendo que ter o sangue drenado de seu pênis no hospital. “Há apenas um punhado de caras em toda a indústria que não usa drogas contra disfunção erétil ,e mesmo assim, conseguem atuar no alto escalão”, confessa Braun.

O que aconteceu com o ator de Braun e com Wylde se chama priapismo. O dr. Richard Lee, um urologista do Centro de Saúde Masculina Iris Cantor, explica: “Imagine um torniquete em volta do seu dedo. Se você mantiver esse torniquete no dedo por muito tempo, você vai danificar os tecidos do dedo. Se você tiver episódios repetidos de priapismo, daí, realmente, você vai ter problemas.” Mas ele pondera que, em situações normais, as medicações contra disfunção erétil são “bastante seguras” e que, se usadas como se deve, “as pessoas deveriam ser capazes de utilizá-las indefinidamente”.

Mas, por definição, o uso feito por atores pornôs não é como se deve, até porque, para começar, a maioria deles não sofre de disfunção erétil. Além disso, as pressões do sexo profissional podem levar ao uso exagerado. Há muitas coisas que dependem dessas ereções, aponta a diretora de filmes pornôs Joanna Angel. “Literalmente cinquenta mil dólares em produção podem ir para o ralo se o pau não ficar duro”, estima. “Se eles não conseguirem atuar, isso não vai acabar só com o dia deles, vai acabar com o trabalho de todos no set de filmagem.” E os atores não têm apenas que serem capazes de conseguir uma ereção, eles às vezes têm que mantê-las, ou fazê-las surgir e desaparecer repetidas vezes, ao longo de três horas, conta.

Wylde afirma que não há nada natural no que se exige dos atores pornôs. “Se seu único trabalho é ter uma ereção e mandar ver logo para que todos consigam chegar em casa na hora”, reclama, “você tem que ser uma máquina” – ou um humano medicado. Nisso atuar em filmes pornôs é como ser um atleta profissional, um ramo de atividade amplamente ligado ao abuso de drogas. “É só ver o que acontece no UFC, no futebol americano, no basquete. Olha os levantadores de peso”, ele aponta. “Ninguém é natural. Aquilo tudo é resultado de esteroides e outras drogas que melhoram o desempenho.” A verdade, alerta, é que sem o auxílio das drogas contra disfunção erétil “o ator simplesmente vai ser péssimo – a não ser que seja um mutante.”

Além da resistência necessária para a função, há também o problema ocasional da falta de sensualidade do sexo. “Duvido que a maioria dos homens já passaram pela situação em que basicamente você encontra alguém e, em seguida, tem que manter uma relação sexual com essa pessoa sem sentir qualquer atração e, talvez, sem ela ter qualquer interesse por você”, ele continua.

É raro alguém se tornar fisicamente viciado em drogas para disfunção erétil, lembra o Dr. Lee, mas Wylde está convencido de que ele era, ao menos, psicologicamente dependente. Sua relação de atração e aversão às drogas remete ao comportamento dos dependentes. Ele usou Bimix por alguns meses e daí foi parar no hospital pela primeira vez, o que fez com que deixasse de utilizá-la por vários anos. Mas então, ele diz, “eu fiz uso dela em várias ocasiões em que eu estava apenas me sentindo estressado e estava tendo dificuldade em realizar meu trabalho”, lembra. “Eu voltei a utilizá-las, e passei então a ter essas ereções que não acabavam nunca depois das gravações, o que me assustava. Eu tentava abandoná-las, e conseguia por alguns meses, até um ano. No final, no último ano ou dois, eu usava só Cialis, mas com maior frequência, e mais comprimidos por cena.”

Hoje, um ano depois daquela visita trágica ao hospital, Wylde está até feliz que ela aconteceu, porque o forçou a entrar no ramo de produção e edição. Também revitalizou sua vida sexual. “Eu tive a sorte de ter uma parceira que continuou comigo por todo esse processo, e reacendeu minha vida sexual sem o uso dessas drogas”, comemora. “Está tudo ótimo agora. Está tudo funcionando, o que é bem bom.” Apesar do que passou, Wylde não guarda ressentimentos contra a indústria pornô, que agora o emprega por trás das câmeras. “As pessoas me perguntam se eu acho que isso é um problema, se eu sou contra o uso das drogas contra disfunção erétil. Minha resposta é não. A razão é que eu acho que a maior parte das pessoas não devia entrar nessa de fazer filmes pornôs. Não é como as pessoas imaginam.”

By Marcio Caparica

SEXO BAREBACK NO PORNÔ É UMA APOLOGIA AO RISCO?


Último produtor de pornôs gays cede: fará filme com casal transando sem camisinha e reacende discussão


Ano passado, o produtor de filmes pornôs gays Michael Lucas declarou em uma entrevista que jamais produziria um filme com cena de bareback. “Se eu produzisse filmes com cena de transa sem camisinha, ficaria milionário”, ironizou. Pois esse que talvez era o último a resistir a essa demanda cedeu. Semana passada, a Lucas Entertainment divulgou uma cena com o título “Estreia de sexo bareback com os astros exclusivos Seth Treston e Billy Santoro”. Os dois (na foto) são um casal na vida real. Esta será apenas a primeira em uma série de performances sem camisinha.

No fim do mês passado, a industria porno em Los Angeles foi paralisada depois que uma atriz anunciou estar infectada com o virus HIV. Pouco depois, um de seus parceiros, ator de filmes pornôs gays,anunciou também ter contraído a doença. Pânico. A indústria da pornografia hétero nunca se prestou a metodicamente colocar camisinha em seus atores, algo que no entanto era padrão entre os filmes gays. Até que começou a se fetichizar as transas sem proteção.

O próprio release sobre esse novo filme já investe nisso: “a compreensão física e o bem-estar sexual que vem de estar com um parceiro da vida real transparece nesta cena”, descreve. “Seus beijos apaixonados, socadas profundas, e conforto ao compartilhar porra não deixam dúvidas de que há uma conexão intensa entre Seth e Billy.”

Eu preciso de ajuda para destrinchar essa questão toda.
Usar um casal “de verdade” não resolve o problema, já que eles continuam sendo atores pornôs, e portanto não são sexualmente monogâmicos. Duvido que será a última performance deles sem camisinha. Então tentar usar um casal de namorados para suavizar a situação é conversa para boi dormir.
Por outro lado, eles são adultos e sabem o que estão fazendo e os riscos que correm.
Se anos de filme pornô realmente ensinasse a juventude punheteira que tem que usar camisinha sempre, a transmissão de HIV teria parado faz tempo.
Mas ver trepadas sem preservativo pode também transmitir a mensagem de que isso é algo sem consequências, banal e, como vende o release, mais gostoso, um sinal de conexão verdadeira.
Tentar pintar na pornografia uma realidade em que todo mundo transa com camisinha é exibir um mundo tão falso quanto o em que seu encanador é sarado e vem realizar o serviço sem cueca e de pau duro.
Pode ser que exatamente a sensação de estar vendo algo “que não deveria estar acontecendo” é o que dá mais tesão em quem assiste a uma cena bareback: o que é proibido é mais gostoso.
E se não houvesse uma demanda por esse tipo de cena, ela não seria feita.
Usar camisinha para o resto da vida não é um prognóstico empolgante.
Uma das vantagens de se ter um relacionamento longo é poder confiar em alguém o suficiente para transar sem proteção.
As pessoas traem e mentem.
Pegar HIV é ruim e deve ser evitado a todo custo.
Mas ter HIV não significa o fim da vida, da capacidade de amar e ter tesão.

Héteros nunca levaram a sério os riscos da Aids – a preocupação (quando existe) é por engravidar, e costuma-se jogar essa responsabilidade no lombo da mulher. Há muita gente por aí que já perdeu a mãe para o HIV porque o pai pulou a cerca sem ter a consideração de encapar o pau pela esposa. Os gays levavam o risco a sério, mas cada vez mais parece que o raciocínio é de que não há problema em se tomar AZT todo dia pelo resto da vida.

Existe o argumento de que não há o que se fazer porque sexo sem camisinha é mais gostoso mesmo e pronto. Eu concordo mais com a hipótese de que na verdade não há diferença na sensação – se houvesse um amortecimento tão grande assim, na hora que uma camisinha estourasse quem está metendo perceberia imediatamente, o que estamos cansados de saber que não ocorre. Mas muito do prazer está no cérebro, então quem se convence de que trepar sem capa é melhor vai achar que é melhor para sempre. Mesmo tendo que encarar o pânico de abrir o resultado do exame de sorologia repetidas vezes.

Quando um casal (ou trio, ou equipe) vai em frente e fode sem camisinha, está ciente do que está fazendo? Está pesando os prós e os contras, os riscos e as vantagens do ato e tomando a decisão que acha mais certa? Tratar o uso de preservativo como uma questão de tudo ou nada é como insistir para que os jovens só façam sexo depois do casamento: um extremismo que só causa mais desinformação?

Como eu já disse no Lado Bi da Pornografia, eu acho todo esse lance de bareback um erro. E pessoalmente não tenho a intenção de parar de usar preservativo jamais. Mas posso ser um dinossauro precoce com um comportamento que simplesmente não faz mais sentido para as novas gerações.

By Marcio Caparica

MITOS SOBRE ARREPENDIMENTO PÓS CIRURGIA DE ADEQUAÇÃO DE SEXO

laverne-cox

Há quem queira negar as cirurgias de confirmação de sexo a todos trans por causa de supostos arrependimentos. A ciência demonstra que esse tipo de arrependimento é quase inexistente.

Traduzido do artigo de Brynn Tannehill para o site Huffington Post

De tanto em tanto eu me pego lendo algo escrito por alguma pessoa sem nenhum treinamento psicológico, psiquiátrico ou médico de verdade, explanando por que eles acreditam que pessoas transgênero não existem de verdade, não deviam ter permissão para fazer a transição, ou precisam apenas da boa e velha “terapia”.

Recentemente surgiu uma série de posts em blogs trazendo mais uma vez a assombração dos arrependimentos que os transgêneros sentiriam depois de fazerem a transição. Eles citam dois de seus estudos favoritos, sem jamais realmente ler o que os próprios estudos dizem, e desenterram algumas anedotas antigas. Resumidamente, eles tentam embaralhar o meio-de-campo da mesma maneira que aqueles que negam as mudanças climáticas ou a teoria da evolução, levantando muita poeira e torcendo para que ninguém confira tudo mais de perto. Sem falar que os autores desses posts também pensam que o casamento igualitário vai acabar com todos os casamentos.

Vamos desconstruir os argumentos que eles fazem, um a um.
1. Um estudo suiço mostra que pessoas pós-operadas têm uma probabilidade muito maior de cometer suicídio.

Essa afirmação distorce de maneira grosseira as conclusões do estudo e sugere que o mesmo estudo se opõe fazer-se a transição. A verdade é exatamente o contrário. O estudo afirma claramente que a transição médica tem o apoio de outra pesquisa, e que esse estudo não tem a intenção de argumentar contra a utilização desse procedimento:


Quanto ao propósito de se avaliar se a readequação de sexo é um tratamento eficaz para a disforia de gênero, é razoável comparar os relatos de disforia de gênero antes e depois do tratamento. Esses estudos foram conduzidos ou prospectivamente ou retrospectivamente, e sugerem que a readequação de sexo de pessoas transexuais melhora a qualidade de vida e a disforia de gênero.

De fato, outro estudo suiço de 2009 descobriu que 95% dos indivíduos que fazem a transição relatam resultados positivos em suas vidas como resultado.

Além disso, as taxas de mortalidade maiores são em comparação com a população em geral (e não outras pessoas transgênero que não passaram pelo procedimento) e só se aplicam a pessoas que fizeram a transição antes de 1989:


Em conformidade, a taxa de mortalidade geral só foi superior para o grupo que realizou a cirurgia antes de 1989. No entanto, isso pode também ser explicado pelos cuidados médicos de melhor qualidade à disposição de pessoas transexuais durante a década de 1990, além de diferentes atitudes sociais com relação às pessoas de expressões de gênero distintas.

Não é surpresa alguma que conforme a sociedade aceita mais as pessoas transgênero, elas sofrem menos efeitos colaterais dos estresses de serem uma minoria. Essa conclusão é endossada por outros estudos recentes (mural 2010 e Ainsworth 2011) que descobriram que indivíduos que passam pelo procedimento não apenas estão em situação melhor que aqueles que não passaram, como também não têm distinção relevante nenhuma em seu funcionamento cotidiano que a população em geral:


Indivíduos que realizam mudança de sexo biológico homem para mulher e mulher para homem têm o mesmo nível de funcionamento psicológico conforme as medições da lista do Inventório de Sintomas (SCL-90), também similares aos níveis de funcionamento psicológico da população normal e melhor que daqueles de indivíduos que não passaram por tratamento de DG…


A qualidade de saúde mental de mulheres trans sem intervenção cirúrgica foi significantemente menor quando comparada à população em geral, enquanto as mulheres trans que passaram por procedimentos cirúrgicos tiveram avaliações de nível de qualidade de saúde mental sem diferenças significativas da população feminina em geral.
2. Mas há o estudo britânico de 2004 que diz que a cirurgia de adequação de sexo (CAS) não é eficaz

Essa afirmação é outra distorção grosseira da pesquisa. O estudo em questão foi uma revisão de um estudo de 1997 e concluiu que entre 1998 e 2004, apenas dois estudos sobre a eficácia de CAS haviam alcançado em parte os critérios de avaliação acadêmica, contavam com um grupo de controle e tinham um nível de desistência inferior a 50%. Desses dois estudos, ambos demonstravam que os pacientes colhiam benefícios depois do procedimento. No entanto, o tamanho reduzido dos estudos impediam que se extraísse quaisquer conclusões sobre a eficácia da CAS.

O problema é que alcançar a exigência de que se faça estudos duplamente cegos com grupos de controle utilizando indivíduos transgênero não apenas não é factível, é também eticamente inaceitável, como resumido aqui:


Um dos problemas de tratamentos médicos (e obviamente cirurgias) para transexuais é que a realização de estudos cegos não é possível. É óbvio imediatamente se um indivíduo recebeu tratamento ou não, e a substituição por um placebo não funciona por razões óbvias. Claramente, todos os estudos de readequação de sexo vão, portanto, deixar de alcançar os parâmetros padrão. A questão seguinte é a inclusão de um grupo de controle no estudo. Isso exigiria que se diagnosticasse corretamente os transexuais, certificando-se que eles cumprem as exigências e prescrições para a cirurgia de readequação de sexo, e que daí se dividisse os participantes aleatoriamente em dois grupos – um que recebe a cirurgia, e outro que não. É claro que os dois grupos teriam que ser grandes para que o resultado fosse estatisticamente válido. Só então seria possível medir a qualidade de vida dos participantes e comparar os grupos em intervalos regulares de tempo ao longo de vários anos. Essa seria a teoria.

Na realidade, descobre-se que a pressão em que os transexuais se encontram cresce tanto que grande parte do grupo que não passa pelo procedimento comete suicídio (Haas, Rodgers, Herman 2014) ou busca algum tipo de tratamento ilegal no exterior. Isso torna um estudo como esse altamente antiético, e nunca receberia a aprovação de qualquer instituição! Simplesmente não se pode negar tratamento a um grupo altamente estigmatizado que tem uma prevalência de 42 a 46% de tentativas de suicídio, comparado a 4,6% da população em geral.

Isso não significa que não há pesquisas: setenta e um artigos revisados pela comunidade científica demonstrando a eficácia de cuidados médicos ligados à transição podem ser encontrados aqui. E em 2014 outro estudo, pela Dra. Cecilia Dhejne, a autora principal do primeiro estudo suíço descrito acima, encarou o problema das taxas de desistência numa avaliação de todos os inscritos para CAS entre 1970 e 2010. Ela descobriu uma taxa de 2,2% de arrependimento para ambos os sexos, e uma queda significativa nos arrependimentos com o passar do tempo.
3. Arrependimento é comum

O arrependimento de se fazer cirurgias, na verdade, é muito raro. Literalmente todos os estudos modernos estimam que o nível de arrependimento está abaixo de 4%, e a maioria estima que esteja entre 1 e 2% (Cohen-Ketttenis & Pfafflin 2003, Kuiper & Cohen-Kettenis 1998, Pfafflin & Junge 1998, Smith 2005.Dheine 2014). Em alguns outros estudos longitudinais recentes, nenhum dos participantes demonstrou arrependimento por ter feito a transição médica (Krege et al 2001.De Cuypere et al 2006).

Essas descobertas fazem sentido dadas as descobertas consistentes de que acesso a cuidados médicos melhoram a qualidade de vida em vários eixos, inclusive o funcionamento sexual, autoestima, imagem corporal, ajuste socioeconômico, vida familiar, relacionamentos, status psicológico e satisfação de vida em geral. Isso é endossado por vários estudos (Murad 2010. De Cuypere 2006, Kuiper 1988, Gorton 2011, Clements Nolle 2006) que também demonstram consistentemente que o acesso à CCS reduz a taxa de suicídio por um fator de 3 a 6 (entre 67% e 84%).
4. Mas e quanto às pessoas que se arrependeram?

Qualquer cirurgia tem uma possibilidade de arrependimento. Acontece que o risco de arrependimento para a CAS é na verdade muito menor que para muitas outras cirurgias. Com efeito, os níveis de arrependimento para CAS são menores que os de cirurgia de redução de estômago.

Quando questionados sobre arrependimentos,  apenas 2%das pessoas que responderam a uma pesquisa com pessoas transgênero no Reino Unido demonstraram ter grandes arrependimentos quanto às alterações físicas que realizaram, comparados a 65% das pessoas não-transgênero no Reino Unido que realizaram cirurgias plásticas.

Os fatores de risco para resultados negativos que geralmente são citados nos estudos são a falta de apoio da família do paciente, apoio social deficiente, transições com idade avançada, psicopatologia severa , aparência física desfavorável, e resultado cirúrgico ruim (Cohen- Kettenis 2003, Lawrence 2003, Landen 1998, Smith 2005). Lawrence (2003) concluiu que os resultados da cirurgia podem ser mais importantes para o resultado global que os fatores pré-operatórios. Conforme as técnicas cirúrgicas se aprimoram, o risco de complicações de longo prazo caíram para menos de 1% em pacientes homem-para-mulher (Perovic 2000, Jarolim 2009, Wu 2009). Isso acompanha o padrão de queda de arrependimentos.

Pessoas que se arrependem de realizar a transição física são as exceções, não a regra.
5. A comunidade transgênero é intolerante com relação às pessoas que se arrependem de fazer a cirurgia

Não, nós apenas não gostamos quando as pessoas tentam se colocar entre nós e nossos médicos.

Considerando-se o nível de dano possível quando se nega atenção médica, e considerando-se como é raro o arrependimento, negar atenção médica a todos por causa das exceções não faz qualquer sentido lógico ou ético. Em outras palavras, você causaria mais danos a mais pessoas ao negar o acesso a todos que ao manter o sistema que existe hoje, ou mesmo expandir esse acesso. Todas as principais organizações médica apoiam o acesso aos cuidados relacionados á transição  e consideram que isso é medicamente necessário por uma razão: os indícios fornecidos pela comunidade científica confirmam isso.

Os padrões estabelecidos pela Organização Profissional Mundial de Profissionais de Saúde Transgênero, Padrões de Cuidado (SOC) 7, são concebidos para garantir que os níveis de arrependimento mantenham-se baixos. Muitos dos casos anedóticos de arrependimento teriam sido evitados se o SOC tivesse sido seguido.

A pressão não deveria ser por menos acesso a esse tipo de cuidado, mas por profissionais médicos que são melhor educados.

By ladobí


VOCÊ SENTE TESÃO POR HOMENS QUANDO FUMA UM? ENTÃO VOCÊ É UM ”HIGHSEXUAL”




O termo já existe no dicionário urbano desde 2009, mas veio à tona em um tópico do Reddit; repetimos a pergunta: mais alguém?

E o vocabulário de rótulos sexuais não para de crescer. Depois que revelamos os tristes “G0ys” neste blog, agora é a hora de vocês conheceram o “highsexual”. Trata-se daquele cara que “só vira gay” quando fuma um. Passa a viagem, passa o tesão, entendeu? Não? Nem nós. Mas vamos ao contexto.

Tudo começou com um questionamento no Reddit intitulado: “Maconha me faz gay temporariamente. Mais alguém?”

O post foi publicado no início deste mês pelo usuário throwaway15935745625, um maconheiro homem, alegadamente hetero, que escreveu: “Eu sou um maconheiro muito regular, mas parei durante alguns meses de estudo intenso. Eu me sinto muito atraído por meninas, mas nunca por homens quando estou sóbrio. No entanto, quando estou chapado, eu só quero um pau grande para chupar e um homem pra arrancar merda do meu rabo. [A tradução de a man who fucks the shit out of me aqui foi livre , mas fiz de propósito porque, aparentemente ele também gosta de passar cheque, mas só quando está chapado, hahaha] Mais alguém tem os mesmos efeitos? Apenas curiosidade, não que realmente me incomode, uma vez que eu ainda me sinto atraído por meninas, enquanto estou chapado, mas às vezes me sinto estranho com amigos do sexo masculino pelos quais eu normalmente não me sinto atraído.”

Segundo o site “Qweerty”, que reproduziu a história, o post provocou uma grande reação entre os usuários do Reddit. Mais de 120 pessoas responderam à pergunta, com respostas que variavam desde “sincero e útil” a “hilário e estúpido”.

Um usuário escreveu que “a sexualidade não é preto no branco” e que não há “nada de errado em ser sexualmente atraídos para o mesmo sexo em momentos diferentes em sua vida”. Justo.

Até que um usuário entrou na conversa e disse que seu círculo de amigos chama isso de “highsexualismo”. “High”, em inglês, significa chapado. “Você é, possivelmente, um highsexual.”

O termo existe no dicionário urbano desde 2009 e sua definição é a de uma “súbita reversão da orientação sexual após fumar maconha”.

A discussão no Reddit continuou com pérolas da filosofia internética como por exemplo:

“Talvez a maconha rompa os limites de seu ego. Quando você chega a esse estado transcendente, você baixe sua guarda. Eu tive amigos saíram do armário durante uma viagem de ácido.”

“Ocasionalmente querer chupar um pau quando está chapado não faz de você “gay”, mas vá em frente, se quiser. De qualquer maneira, não vejo qualquer necessidade de atribuir rótulos para si mesmo ou formular uma história para explicar aos outros.”

Então tá! Pelo jeito não é só cu de bêbado que não tem dono, né minhas amiguinha? Hahahahaha!

By James Cimino

11 COISAS QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER SOBRE SEXO LÉSBICO

Lésbicas

Traduzido de post original descrito por Jincey Lumpkin


As pessoas muitas vezes se sentem à vontade para me fazer perguntas sobre sexo entre lésbicas. Acontece por todas as partes, em festa, dentro de cabines de táxi… Como uma pessoa com atitude positiva quanto ao sexo e empresariano mundo da pornografia, eu acho que falar sobre sexo entre lésbicas é algo importante. Algumas lésbicas ficam muito incomodadas por ter que lidar com esse tipo de pergunta, mas eu acho que manter a mente aberta e os ouvidos a postos faz com que as pessoas de fora da comunidade gay nos entendam melhor.

Então, pronto para aprender algumas coisas? Eu prometo que vai ser a aula mais divertida que você vai ter hoje.
O que é que vocês fazem exatamente? As maneiras em que nós fazemos sexo são tão variadas quanto as maneiras dos casais héteros. Na minha opinião, inclusive, é até melhor, porque não há o fantasma da ereção nem a necessidade de se satisfazer a ereção. Além disso, as mulheres são capazes de ter orgasmos múltiplos, então o tempo de recuperação é pouco ou quase zero. Nós fazemos sexo oral, sexo anal, sexo com penetração, e todas as variantes intermediárias.
Uma de vocês é “o homem”? Eu morro de rir com essa pergunta, porque ela demonstra como os padrões de gênero inflexíveis estão gravados profundamente nas pessoas. Às vezes há mulheres mais masculinas que gostam de estar no comando, mas nem sempre. Isso é sempre uma questão de preferência pessoal, sério. E não chega nem a ser que uma de nós é “ativa” e outra “passiva”… muitas vezes a gente inverte os papéis, às vezes até no meio de uma mesma transa.
É mais fácil para vocês, já que vocês duas são mulheres e sabem por instinto do que a outra gosta? Deus do céu, quem dera. Não, não e não. Assim como acontece com os héteros, nós sapatas levamos um tempinho para descobrir do que a gente gosta. Eu não fazia a menor ideia do que estava fazendo por mais ou menos um ano depois que eu comecei a dormir com mulheres. E não foi até eu encontrar minha primeira namorada que eu realmente comecei a entender que coisa de outro mundo o sexo com uma mulher pode ser.
Vocês sempre usam uma cinta-caralha? Não. Mais uma vez, depende do casal, mas para mim, é algo que eu guardo para “ocasiões especiais”. E eu também adoro ser penetrada em sexo anal, então eu gosto de ter por perto uma cinta que me penetre lá, porque é bom. Algumas mulheres ou outros gays gostam de utilizar a cinta-caralha com regularidade. Às vezes a gente encarna uma fantasia e interpreta um personagem mais masculino, e, para outras pessoas, esse papel masculino é o que sempre as deixa mais confortáveis.
Se você gosta de mulheres, por que você vai para a cama com uma menina que tem cara de menino? Porque não sai com um homem de vez? Porque homens são homens. Como eu sou lésbica, eu sinto atração por partes do corpo e pela cabeça de mulheres. Homens não têm peitos (bem, eles têm, mas não desenvolvidos). Eu tenho muita dificuldade em fazer uma conexão com homens num nível emocional. Eu tenho amigos homens, mas me apaixonar por eles é dureza, porque eu não consigo me relacionar com os homens da mesma maneira. Simplesmente não rola. Além disso, mesmo quando a mulher tem uma aparência mais masculina, ainda há uma sensação de estar fugindo dos padrões, e essa sensação é algo que agrada muitas de nós.
Se eu tenho vontade de beijar uma menina, eu sou lésbica? Não necessariamente. Nossa cultura dá muita importância para os rótulos. Talvez você seja lésbica, talvez não. Eu torço para que a gente chegue logo num ponto na história em que isso não tenha mais importância. Mais ou menos 80% das mulheres tem fantasias lésbicas, então você está bem acompanhada.
Eu assisti o filme Azul É A Cor Mais Quente. Vocês meninas fazem sexo daquele jeito mesmo? Muita gente vem me perguntando isso nos últimos tempos. A resposta é sim e não. Muitas lésbicas estão putas da vida por conta de como o sexo lésbico foi retratado no filme. Algumas dizem que o sexo é “pornográfico” demais e um exemplo da “fantasia masculina sobre o sexo lésbico”. Eu achei um tesão. Para mim, foi uma representação acurada. Eu gosto de sexo com pegada. Eu gosto de sexo anal. Eu consigo trepar por muito, muito tempo. Eu não entendi o bafafá sobre ele ser fake. Parece que tem muita mulher fazendo sexo de um jeito diferente do meu.
O que é tesoura? Tesoura é uma posição em que duas mulheres encostam as vaginas, estando viradas cada uma para um lado, entrelaçando-se as coxas. Não é invenção de filmes pornôs, é sim possível, e é uma posição extremamente gostosa, intensa, e íntima.
O que é fistar? Não entre em pânico. Ninguém vai sair socando suas partes íntimas. Fistar uma menina é simplesmente inserir quatro dedos, depois o polegar, dentro da vagina de uma outra mulher. É sexo lento, carinhoso, e de uma conexão extrema. É uma das minhas principais fontes de orgasmo.
Você está me cantando? Depende. Você é gostosa? Se você, provavelmente é uma cantada mesmo.
Eu tenho uma “amiga” que tem vontade de sair com uma menina… hmmm… o que ela deveria fazer para que isso aconteça? As mulheres procuram-se umas às outras no mundo real – e pela internet – como todo mundo. Meu maior conselho para as mulheres que querem “dar um mergulhinho na piscina das mulheres” é: seja honesta. Ninguém quer ser um experimento científico, mas muitas lésbicas não se importam com a identidade sexual das outras mulheres. Divirta-se, menina!
By Ladobí

SEXO ANAL SEM DÚVIDAS

sexo anal sem dúvidas


O tabu que envolve o sexo anal é antigo. Mesmo com toda liberação feminina, com a revolução sexual dos tempos modernos, com a "superficialização" das relações, ainda implica dúvidas, medos e receios, principalmente para as mulheres. Para resolver o que ainda pode ser obscuro, o Vila Dois foi atrás de três experts quando o assunto é sexo: a sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do Ambulatório de Sexualidade da Associação Brasileira de Sexualidade - Ambsex, a terapeuta sexual Sylvia Faria Marzano, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática - Isexp, e a professora Lilian Moretto, que dá aulas sobre sensualidade.

Numa entrevista sem vergonha ou pudor, as três responderam às dúvidas mais comuns quando o assunto é sexo anal. Confira as explicações e opiniões das especialistas:

O sexo anal sempre dói? Como fazer para doer menos?

Carla: Na maioria das vezes dói, pois os casais não fazem o sexo anal de forma adequada. Para não doer, ou doer menos (para algumas pessoas) é necessário seguir alguns passos:

- usar lubrificante, pois o ânus não tem lubrificação própria.

- iniciar a prática do sexo anal com o dedo e, posteriormente, com o pênis.

- sempre usar preservativo, pois a mucosa anal absorve facilmente qualquer tipo de vírus e bactérias.

- no momento da penetração, encostar no ânus, que sofrerá uma contração, esperar ele relaxar e, aí sim, efetuar a penetração bem devagar.

- estimular o clitóris ao mesmo tempo que estiver fazendo a penetração.

Silvia: Não, se tiver dor no sexo anal, é porque a parceria não foi bem preparada, isto é, tanto nos homens quanto nas mulheres, é necessário que haja muito erotismo, além de uma estimulação dos genitais, para que esta fique excitada e se permita receber o pênis no canal anal.

Lilian: O ânus é uma região muito inervada. Quando existe a possibilidade de uma penetração, seja com o dedo ou pênis, ocorre uma contração muscular, como se fosse uma defesa para a não penetração. É essencial que haja cumplicidade entre o casal, confiança e muita carícia para que aconteça um relaxamento maior desses músculos, de forma que não provoque desconforto nem dor, facilitando assim a penetração.

Qual a posição mais confortável, que facilita a penetração?

Silvia: Existem várias posições, mas depende de como a parceria se sente melhor. Por exemplo, a pessoa que vai ser penetrada ficar de quatro, pois permite que se masturbe durante a dilatação anal e penetração, para não perder a excitação. Não é a penetração anal só que dá prazer, pois o reto não tem essa capacidade. O que faz a pessoa sentir prazer com o sexo anal é estar excitada após manipulação genital ou do corpo, e muito erotismo.

Lilian: A melhor posição sexual para a prática do sexo anal é aquela onde os parceiros fiquem relaxados e confiantes, na qual a mulher tenha total controle na penetração. Vale a tentativa de experimentar várias posições até descobrir a mais adequada. Uma sugestão: um dos parceiros deverá postar-se de costas em pé apoiando-se com o corpo ligeiramente inclinado, onde conseguirá manter contato com o pênis do parceiro guiando seus movimentos.

É possível engravidar?

Carla: Não, pois não há comunicação direta do ânus com o útero. Engravidar só é possível através da penetração vaginal.

Silvia: Jamais. A gravidez só ocorre se o espermatozóide for depositado na vagina e conseguir passar pelo útero até as trompas da mulher, onde se encontra o óvulo no período fértil da mulher. Mas, a penetração não deve, de maneira nenhuma, ser feita sem o uso de preservativo, mesmo que seja em parceria fixa. As fezes têm bactérias que contaminam a uretra e o pênis, podendo passar para a próstata, que vai dar uma doença infecciosa de difícil tratamento.



Sexo anal é falta de higiene?

Carla: Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A prática do sexo anal é a mesma coisa que praticar sexo oral  ou vaginal.

Silvia: Não se forem respeitadas as orientações do uso de preservativo e sempre, mesmo após o uso deste, lavar o pênis antes de penetrar na vagina.

Lilian: Não considero falta de higiene, desde que sejam tomados alguns cuidados. É necessário manter higiene com água e sabonete na região do ânus, e principalmente o uso do preservativo. E quanto à higienização interna é opcional, mas não recomendada pelos médicos.

Qual a importância dos lubrificantes?

Carla: O ânus não tem lubrificação própria como a vagina, que se lubrifica quando a mulher está excitada. O ânus foi feito ‘para sair’ e não ‘para entrar’, portanto, precisa de ajuda para entrar qualquer coisa. Porém, os lubrificantes precisam ser a base de água para não corroer a mucosa anal, como acontece com a vaselina, e também não pode ser a saliva, pois desta forma se leva bactérias da saliva para o ânus. Xilocaína, como muitos usam, nem pensar, pois é anestésico.

Lilian: É importante o uso de lubrificante à base de água, pois no ânus não existe lubrificação similar a da vagina, desta forma evita o rompimento do preservativo causado pelo atrito, além de facilitar a penetração e evitar ferimentos.


Sexo anal pode fazer mal a saúde? Pode provocar hemorróidas?

Carla: O sexo anal só fará mal a saúde se a pessoa tiver intestino preso, hemorróidas ou qualquer tipo de fissuras na região. E é claro, pode-se contrair doenças sexualmente transmissíveis, caso não se use preservativo. Não deve ser praticado todo dia, pois os esfíncteres podem ficar frouxos e aí, não se consegue mais segurar as fezes. No máximo duas vezes na semana e tomando os cuidados citados acima. Nada de relações intempestivas.

Silvia: O sexo anal bem orientado não faz mal à saúde, mas pode piorar as doenças tipo hemorróidas, que são varizes de veias do ânus. Se isto estiver ocorrendo, com sangramentos ou dor, procure um tratamento antes da prática do sexo anal.

Lilian: O sexo anal não é prejudicial à saúde, desde que os parceiros aceitem essa variação sexual, que saibam explorar os corpos com muito cuidado e carinho, lembrando que o maior prejuízo possível nessa prática são as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), portanto a importância do uso do preservativo. Sexo anal não provoca hemorróidas.

Qual a dica para relaxar e fazer, sem medo?

Carla: O casal precisa querer fazer sexo anal. Não adianta um querer e o outro não. Partindo deste princípio e seguindo os passos citados acima, pode-se praticar sexo anal, sem problemas.

Silvia: Um primeiro lugar ter certeza que já tem intimidade suficiente com a parceria e quer fazer. Não faça nada forçado. Aprenda como fazer: muitas preliminares, erotismo, excitação, dilatação delicada do ânus com lubrificante, para depois penetrar o pênis lentamente. Não ficar penetrando por muito tempo e com muita força. Lembre de repor o lubrificante, pois este seca e pode machucar a parceria. Peça para parar se não estiver prazeroso. Deixe para outra ocasião se não estiver segura.

Lilian: Primeiramente uma boa conversa entre o casal, desejar de fato praticar o sexo anal e não apenas para agradar o parceiro. Procurar usar de muita carícia, explorar a região anal com a língua, com os dedos, e só depois de muita excitação a penetração deverá ocorrer. Não dispensar o uso do preservativo e jamais penetrar a vagina após a penetração anal, para que não haja nenhum risco de infecção. Lembrando que o sexo anal é uma forma a mais de prazer para o casal.

Por Sabrina Passos (MBPress)