Mulheres que conhecem o próprio corpo tiram maior proveito das relações sexuais
Para falar sobre
este e outros assuntos, a uroginecologista Débora Pádua escreveu o livro
“Prazer em Conhecer”, publicado pela Editora Aláude. Ela diz que a mulher que
desconhece o próprio corpo desconhece também seu potencial para o prazer, pois
deixa de provar os mais diversos tipos de sensações. Diferente dos homens que,
em sua maioria, sabem exatamente onde, como e onde querem ser tocados para
sentir prazer.
“A partir do momento em que a mulher tem curiosidade sobre seu
próprio corpo e a forma como ele funciona, abrem-se as portas da sexualidade,
sem preconceitos e
pudores. Ela saberá indicar ao parceiro o que gosta e principalmente onde
gosta”, comenta a médica. “Inclusive a masturbação é algo indispensável às
mulheres e deve ser visto com naturalidade.”
A
uroginecologista lembra que motivos culturais levam a mulher a deixar de lado
sua própria sexualidade. “A grande maioria das mães recrimina suas filhas ao
saberem que elas estão se masturbando, mas se é um filho na mesma situação, ela
acha normal, que é uma fase da idade”. A anatomia feminina pode ser outra
barreira. “Como os órgãos sexuais não estão expostos, muitas mulheres
‘esquecem’ que possuem uma vagina com pequenos lábios, grandes lábios, clitóris
e assim por diante”, completa.
Nesta fase de
descobertas, os parceiros podem dar sua contribuição. Para amenizar a tensão,
por exemplo, o homem não deve deixar de demonstrar que o sexo é algo natural.
Outra opção é brincar de achar os pontos mais sensíveis do corpo de cada um,
dessa maneira a mulher poderá entrar no clima e deixar a vergonha de lado.
O uso de
brinquedos eróticos, como os vibradores, pode facilitar também. Dra. Débora
revela que alguns homens ainda são arredios a esse acessório, mas isso se deve
à pura falta de informação. “Eles acham que vibradores são algo enorme, com
formato de pênis, quando na verdade existem os formatos menores do que um
batom, destinados ao estímulo clitoriano”.
O início da vida
sexual costuma ser repleta de tabus, que são quebrados ao longo da maturidade,
desde que haja interesse da mulher em conhecer o próprio corpo. “O sexo é algo
que deve trazer prazer para o casal. Caso a mulher sinta dor, desconforto,
ausência de orgasmo ou vergonha a solução é procurar um profissional para
ajudá-la”, orienta Dra. Débora.
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