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sábado, 28 de junho de 2014

4 coisas sobre relacionamentos que você gostaria de ter aprendido alguns anos atrás

4 coisas sobre relacionamentos que você  gostaria de ter aprendido alguns anos atrás

Quer correspondência? Pois abra a caixinha de cartas e pegue uma conta de luz, de água ou de telefone, porque correspondência de sentimentos não é coisa das mais fáceis de encontrar. Nem de amor, nem de apreço, nem de saudade, nem de preocupação, nem de respeito, nem de porra nenhuma. E, no fundo, ser correspondido é tudo o que a gente quer. Você pode ter os planos mais audaciosos do mundo: ser presidente da República, substituir a Madonna no posto de rainha do pop, aparecer mais vezes na Forbes do que o Bill Gates, ganhar mais Oscars do que o Walt Disney e ter a vida sexual mais agitada que a do Kid Bengala. Ainda assim, toda essa fortuna e esse reconhecimento de nada servirão se você não for correspondido. Não necessariamente no amor, mas inclusive nele.
Por isso é que eu e Herbert Vianna (numa de suas mais infelizes composições) costumamos dizer: cuide bem do seu amor, seja quem for. Seja ele um homem, uma mulher, um filho, uma mãe, um pai, um irmão, um cachorro, uma planta, um pau grande, um par de peitos fartos, uma barriga sarada, uma televisão, um bolo de dinheiro guardado no cofre do banco ou você mesmo. Relacionar-se com o que quer que seja exige cuidados diversos. Não há uma receita de bolo, mas há o bom senso. E aqui vão alguns pontos nos quais você deve prestar atenção para não repetir os erros do passado.
1. O ciúme não é o perfume do amor
E, sim, o bolor de qualquer relacionamento. Não que você seja doente porque sente aquele ciuminho de vez em quando – por mais difícil que seja admitir, todos (ou quase todos) nós sentimos. O problema é o grau em que você sente e o que você faz com o ciúme que sente. O ciúme, em sua natureza, é um indicativo de posse. E não querendo bancar a dona da orgia, mas a verdade é que ninguém é de ninguém. No momento em que você começou a se envolver com alguém, você não comprou aquela pessoa. Você apenas encontrou um ser que quis andar ao seu lado porque se sente bem assim, mas que pode desistir da caminhada quando bem entender. Por isso, valorize, elogie, faça carinho. Seja sincero, amigo, companheiro. Tenha tempo, disposição e cama quentinha. Por mais que vocês pareçam ter laços eternos, a única coisa que prende vocês é essa coisinha cultivada diariamente e que se chama amor.
2. Ele não é igual a você. E não é obrigado a ser.
Muitos relacionamentos vão para o lixo porque as pessoas não entendem que boa parte da graça está nas diferenças. Se você curte rock e ele tá no samba todo final de semana, ótimo: um universo novo para cada um de vocês explorarem. Se você é a favor de programas de assistencialismo e ele é contra, bacana: provavelmente – e com uma certa dose de paciência, não vou negar – vocês desenvolverão discussões enriquecedoras. Se você é do campo e ele da praia, não precisa ter crise: revezar os destinos de viagem pode ser uma ótima alternativa. Diferenças – desde que não sejam de valores – não inviabilizam um relacionamento. O que inviabiliza um relacionamento é falta de vontade.
3. Sexo não sustenta relacionamento
Transar é uma delícia. E é algo que, provavelmente, você vai fazer – e muito – com o seu namorado. Mas lembre-se de que relacionamentos de verdade se sustentam muito mais no diálogo do que no sexo. Se vocês não andam se entendendo muito bem, é mais prudente conversar sobre os motivos da discórdia do que simplesmente deixar pra lá e tentar resolver tudo com uma noite de sexo. Guardar chateação é o caminho certeiro para que um dia a bomba exploda e cause um estrago considerável e irreversível.
Lembre-se também de que o próprio sexo, às vezes, precisa de uma conversa sincera para fluir bem. Se você nunca gozou com o seu parceiro, pare de colocar a culpa na inoperância dele e tome a iniciativa de contar o que te dá tesão. Como eu venho dizendo há alguns anos, homens têm duas bolas, mas até onde eu sei, nenhuma delas é de cristal.
4. Pessoas evoluem. E a nós, cabe a escolha: acompanhar a evolução ou cair fora.
Ao longo da vida, mudamos de casa, de trabalho, de estilo, de opinião, de vida, de cidade, de time, de canal de TV. Quando estamos nos relacionando com alguém, temos a oportunidade de acompanhar essas metamorfoses – o que pode ser gostoso e estimulante ou um fardo. Não que um corte de cabelo diferente deva ser o estopim para o término do seu relacionamento, mas há mudanças maiores, mais complexas e que não necessariamente lhe sejam agradáveis. Se ele se mudasse de cidade, por exemplo, você mudaria junto? Ou preferiria ficar? Vocês sobreviveriam a um relacionamento à distância? Respire fundo, analise com calma, pondere. E nunca se esqueça: apesar de tudo o que os une, vocês não nasceram grudados.


By Bruna Grotti

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