Descubra os motivos apontados pela ciência para manter uma vida sexual ativa. Ela ajuda a proteger o coração e até aliviar as dores
Além de sinônimo de prazer, o sexo também é bom para
a saúde. Isso mesmo! A prática, além de prazerosa, promete trazer alguns
benefícios para o seu corpo. Ficou curiosa? Confira aqui quais são!
Protege o coração e combate a dor
Há quem diga que o mundo gira em torno dele. Verdade
ou não, ninguém discute que, além de perpetuar a espécie, o sexo é a grande
fonte de deleite da humanidade. E, mais do que isso, quem se dedica a essa
prática como se fosse uma prazerosa modalidade esportiva ainda conquista outras
benesses para o corpo e para a mente. Talvez você questione: afinal, quantas
transas por dia, semana ou mês são necessárias para garantir tanta saúde assim?
Não há resposta. “Até porque quantidade não tem a ver com qualidade”, diz o
urologista e terapeuta sexual Celso Marzano, de São Paulo. Desde que o casal se
sinta bem com uma relação diária ou semanal, o organismo já vai tirar proveito.
Mas, diante dos bons efeitos que apontaremos a seguir, talvez você não pense
duas vezes para intensificar sua atividade entre os lençóis.
1. Proteção
cardiovascular
O coração pode até sair ganhando de verdade quando um
sexo mais caliente marca presença no dia-a-dia. “Durante a relação sexual, como
em um exercício físico moderado, há um aumento temporário do trabalho cardíaco
e da pressão arterial”, explica o cardiologista José Lazzoli, da Sociedade
Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Para preservar as artérias,
contudo, é preciso suar a camisa no mínimo 30 minutos diários cinco vezes por
semana. “E nem todo mundo consegue fazer sexo com essa duração e freqüência”,
observa o especialista. Então, a mensagem é somar às noites intensas uma
corrida ou caminhada no parque pela manhã, por exemplo. Recado à turma que tem
hipertensão descontrolada ou doença coronariana: consulte o médico. Nesses
casos, tanto o coração pode atrapalhar o sexo quanto ele pode atrapalhar um
coração com problemas.
2. Um
remédio contra a dor
Durante o bem-bom, o corpo fabrica uma porção de
substâncias, entre hormônios e nurotransmissores. Uma delas é a endorfina, a
mesma que dá as caras quando se pratica um exercício físico por alguns minutos.
Essa molécula capaz de aliviar as sensações dolorosas é descarregada para valer
no ápice da relação, o orgasmo. “Ela é o maior analgésico do nosso corpo”,
afirma a médica Ruth Clapauch, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia. E sua ação se prolonga após o ato sexual. Os especialistas estão
começando a acreditar que, somada ao trabalho da ocitocina - outro hormônio
liberado na hora do gozo -, a endorfina ajuda a aplacar dores crônicas na
cabeça e nas juntas.
Acaba
com o estresse e eleva a auto-estima
3. Um basta ao
excesso de estresse
Ninguém precisa ser cientista para saber que uma boa transa
apaga a quase inevitável tensão do dia-adia. Mas saiba que até os pesquisadores
estão cada vez mais interessados nesse potencial, que é maior quanto mais
intenso for o sexo. Um estudo da Universidade de Paisley, na Escócia,
constatou: os voluntários que faziam questão da penetração respondiam melhor a
situações estressantes. “A atividade sexual diminui o nível de ansiedade”, diz
o urologista Joaquim de Almeida Claro, da Universidade de São Paulo (USP). “Só
se deve tomar cuidado para não transformar o sexo a dois numa mera descarga de
estresse”, lembra a psicóloga Ana Canosa, da Sociedade Brasileira de Estudos em
Sexualidade Humana. É que, nesse caso, vira algo mecânico, quase obrigatório,
sem envolvimento emocional. Aí não tem graça - e nem tanto efeito.
4. Auto-estima lá
em cima
Qual o órgão do seu corpo que mais se aproveita de uma
extenuante sessão a dois? Ele mesmo, o cérebro. Ora, lá se encontra o
verdadeiro terminal do prazer. Quem agrada constantemente essa central de
instintos e emoções ganha uma baita massagem no ego. “A auto-estima melhora
porque o indivíduo se sente desejado pelo outro”, resume a psicóloga Ana
Canosa, de São Paulo. E não pense que essa guinada no astral se deve apenas ao
orgasmo. “As preliminares também são fundamentais, sobretudo para a mulher, que
precisa ser tocada e beijada. A excitação promove uma maior liberação de
hormônios, aumentando o tamanho do canal vaginal e as chances de chegar ao
orgasmo”, diz o ginecologista e obstetra Francisco Anello, do Hospital e
Maternidade São Luiz, em São Paulo. Ou seja, tudo que antecede a penetração tem
o seu valor para o corpo e para a mente dos parceiros. É claro que a relação
não se restringe ao momento de catarse. “Mas sem orgasmo não se usufrui de todo
o bem-estar após aquele acúmulo de tensão”, diz Ana.
Queima
calorias e reforça as defesas
5. Mais
prazer, menos gordura
Para manter a forma, homens e mulheres podem se
dirigir a uma quadra de futebol, a uma piscina ou, por que não, a uma cama.
Ora, o sexo é saboroso esporte de dupla. É óbvio que não dá para pensar em
eliminar a barriga de chope ou definir a silhueta apostando apenas nisso. Mas
ele não deixa de ser um aliado da queima de pneus. “O esforço de uma atividade
sexual equivale, em média, a um trote a 7,5 quilômetros por
hora”, calcula o cardiologista José Lazzoli. “Dependendo da intensidade da
relação, é possível queimar de 100
a 300 calorias”, contabiliza Anello.
6. Defesas
reforçadas
Fazer sexo uma ou duas vezes por semana tornaria o
sistema imune mais preparado para entrar em combate. É o que sugerem
pesquisadores americanos que compararam amostras da saliva de pessoas
sexualmente ativas com as de voluntários que pouco se aventuravam na cama. Eles
concluíram o seguinte: quem transava com certa freqüência abrigava mais
anticorpos. O resultado, no entanto, ainda carece de um consenso entre os
médicos. Isso porque, para muitos deles, uma defesa mais a postos não seria
fruto da atividade sexual em si. “Há, sim, trabalhos mostrando que pessoas
felizes têm melhor resposta imunológica. E a atividade sexual sem dúvida traz
felicidade e qualidade de vida”, pondera Joaquim Claro.
Fortalece
os músculos e aumenta a lubrificação
7. Músculos
fortalecidos
Não dá para elevar o quarto à condição de academia,
mas a atividade entre quatro paredes exige o esforço de alguns grupos
musculares. Tudo depende, por exemplo, das posições na hora agá, mas é possível
trabalhar as coxas, o dorso e o abdômen. No caso das mulheres, a relação ainda
cobra a movimentação dos músculos da vagina. “Há um aumento do fluxo sangüíneo
para a região”, conta a fisioterapeuta especialista em urologia Sophia Souto,
da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, que fica no interior paulista.
“Durante o orgasmo, por exemplo, há uma contração dos músculos pélvicos”, diz.
Quando unida a exercícios específicos para aumentar o controle da própria
vagina, a relação ajudaria a tonificar sua musculatura, diminuindo o risco de
problemas como a incontinência urinária.
8.
Lubrificação nota 10
Essa é para as mulheres que se aproximam da menopausa
ou já atravessam o período marcado pela derrocada do hormônio feminino. Um dos
principais reflexos da queda de estrogênio é a falta de lubrificação na vagina
- um problema bastante comum, que leva à secura nessa região. “Mas aquelas que,
após essa fase, mantêm relações sexuais tendem a apresentar menos atrofia do
órgão genital”, conta a ginecologista Carolina Carvalho Ambrogini, da
Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Já as mulheres que raras vezes se
divertem com o companheiro não só sofrem mais com o incômodo como também podem
sentir mais dores durante a penetração.
Sono
tranquilo
9. Para
dormir pesado
Sim, uma noite tranquila também depende de uma cama
movimentada. O que o casal costuma comprovar na prática a medicina sabe
explicar: “A relação favorece o relaxamento muscular”, afirma o urologista e
terapeuta sexual Celso Marzano. Isso porque, graças ao orgasmo, o corpo recebe
uma enxurrada de substâncias que não demoram a agir, fazendo com que o indivíduo
sinta uma mistura de bem-estar e exaustão. “O sono costuma vir depressa depois
de um sexo mais vibrante”, observa Marzano. Mas, caro leitor, aguarde mais um
pouco antes de rumar ao quarto.
A ciência está interessada em prolongar a sua atividade sexual. O avanço da idade, não há como negar, cria alguns empecilhos que esfriam uma relação aqui, outra acolá. Mas os profissionais de saúde já têm na manga estratégias para contornálos. É o caso da terapia hormonal, que, quando bem receitada, dá aquela força para a vida sexual ativa. No caso das mulheres, a reposição de estrogênio atenua a secura vaginal - e o destaque é o creme à base do hormônio aplicado na vagina. “Ele melhora a lubrificação sem ser absorvido pelo corpo”, diz Francisco Anello. Ou seja, não há efeitos colaterais. Para reerguer a libido do casal, já foi aprovada na Europa a reposição de testosterona na forma de adesivo. “A questão é polêmica, mas estudos mostram que ela dobra o número de relações sexuais”, conta Ruth Clapauch. A terapia com o hormônio masculino é receitada há mais tempo, só que por outras vias, para os homens. O seu objetivo, porém, não é corrigir somente o tesão minguado. “Ela beneficia a massa muscular e alivia a depressão, além de melhorar a vida sexual, mas a indicação deve ser rigorosa”, avalia Joaquim Claro.
A ciência está interessada em prolongar a sua atividade sexual. O avanço da idade, não há como negar, cria alguns empecilhos que esfriam uma relação aqui, outra acolá. Mas os profissionais de saúde já têm na manga estratégias para contornálos. É o caso da terapia hormonal, que, quando bem receitada, dá aquela força para a vida sexual ativa. No caso das mulheres, a reposição de estrogênio atenua a secura vaginal - e o destaque é o creme à base do hormônio aplicado na vagina. “Ele melhora a lubrificação sem ser absorvido pelo corpo”, diz Francisco Anello. Ou seja, não há efeitos colaterais. Para reerguer a libido do casal, já foi aprovada na Europa a reposição de testosterona na forma de adesivo. “A questão é polêmica, mas estudos mostram que ela dobra o número de relações sexuais”, conta Ruth Clapauch. A terapia com o hormônio masculino é receitada há mais tempo, só que por outras vias, para os homens. O seu objetivo, porém, não é corrigir somente o tesão minguado. “Ela beneficia a massa muscular e alivia a depressão, além de melhorar a vida sexual, mas a indicação deve ser rigorosa”, avalia Joaquim Claro.
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