Não
pense em um elefante de fraldas. Não pense em um elefante de fraldas. Não pense
em um elefante de fraldas. Aposto que pensou nessa bizarrice, certo? Tudo
bem, eu também pensei e sei que se minha avó tivesse lido este texto, ela
também teria pensado. Não sinta culpa por não ter sido capaz de controlar seu
próprio cérebro ou por ter ocupado seus pensamentos com a figura nonsense de um
paquiderme trajando Pampers descartáveis, pois até mesmo os grandes gurus
indianos do controle mental estão sujeitos a estupros mentais como esse.
Todos os dias, nosso espaço
cerebral é forçosamente ocupado por imagens das quais gostaríamos muito de nos
livrar, mas não conseguimos. Tente não pensar naquele ex e automaticamente verá
a cara dele colada até no tubo de cola, no vidro do carro e na parede da
escola. Pensar em não pensar é muito mais grudento que Mack Collor. Nem as
afiadíssimas facas Guinso conseguem cortar esse tipo de pensamento. E quando
estamos inundados de saudade, então? Basta uma ligadinha no rádio e em qualquer
estação sintonizará em um refrão que parecerá ter sido milimetricamente
composto só para fazer com que VOCÊ pense naquilo que está evitando pensar.
Poderia escrever um livro
inteiro só citando exemplos de situações nas quais é praticamente impossível
fugir de nossa própria cabeça, mas, aqui, quero focar em um caso específico,
danoso e extremamente comum no universo masculino: “o diabólico pensamento
capaz de amolecer o pênis”. Não sou doutor, psicologista ou especialista em
corpo humano, mas já vivi isso. Fui traído pelo meu próprio pau, que em noite
de gala, insistiu em fingir-se de morto quando eu mais precisei dele alerta, e
sei que isso ocorreu graças à incalável voz interna que me dizia: “Ricardo, por
favor, não deixe essa piroca amolecer”.
Arrisco dizer que grande
parte dos preguiçosos pintos que insistem em permanecer moles bem na hora H
assume essa postura triste e cabisbaixa porque possuem donos que gastam toda a
energia mental com cobranças nada excitantes, quando no momento do bem-bom,
deveriam ocupar a cabeça somente com pensamentos “viagrônicos” e afrodisíacos.
A lógica é simples, e mesmo
o mais gostoso estímulo físico será totalmente ineficiente quando dissociado de
um estímulo mental potente. Duvida? Então, imagine a seguinte situação: uma
linda estudiosa do comportamento sexual humano propõe-lhe um teste e você,
homem babão, aceita participar do experimento mesmo sem saber como ele
funcionará. Ela então te colocará uma venda, removerá sua roupa e, do nada,
você começará a receber a mais promissora punheta que já lhe deram na vida. É
claro que não reclamará. Seu pau rapidamente ficará ereto, afinal, tudo aquilo
parecerá muito “tesônico”. E quando seus olhos começarem a virar, e você
estiver quase gozando, sua venda será abruptamente removida e você
assustadoramente descobrirá que a mão que segurou seu pau o tempo todo não era
da simpática pesquisadora, e sim de um chimpanzé treinado por atrizes pornôs
para masturbar seres humanos com maestria. A menos que curta zoofilia, seu
pinto inevitavelmente murchará em questão de milésimos. E sabe por quê? Não é
porque o chimpanzé é ruim de punheta – claro que não, o estímulo físico
promovido por aquele simpático macaco era inquestionavelmente eficiente. Sua
piroca despencará porque, no instante em que vir o chimpanzé, sua cabeça será
ocupada por uma voz interna que dirá: “Que porra esse macaco tá fazendo aqui?”.
Ou seja, de nada adiantará um potente estímulo físico (punhetaprofissional) se, junto com isso, o
homem não puder ocupar a cabeça com estímulos mentais eficientes.
Por isso, mulheres, quando
um pau amolecer bem diante dos seus narizes, não pensem em suicídio nem se
sintam as mais ineficientes provedoras de boquetes do mundo. É bem provável que
o problema esteja bem além do alcance das suas línguas e que, por mais
deliciosas que sejam as suas carícias orais, elas nunca serão capazes de causar
ereções em homens cujos estímulos mentais estão bloqueados pelo medo de falhar.
E se tivesse que dar apenas um conselho pessoal aos homens, então falaria: na
hora do sexo, foque na bunda e deixe que essa coisa linda ocupe todo seu espaço
mental, pense nas tantas coisas gostosas que a bunda é capaz e assim, a cabeça
de cima inevitavelmente mandará uma ordem infalível pra cabeça de baixo e dirá:
levante já!
Obs.: se quiser evitar
ejaculação precoce, basta pensar em um elefante de fraldas.
By CSV
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