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segunda-feira, 10 de março de 2014

Uma aula de como viver – O que você pode aprender com a loucura do Carnaval



Uma aula de como viver – O que você pode  aprender com a loucura do Carnaval

Ah, o verão! Estação dos corpos suados, roupas coloridas, dias alegres, noites quentes e gente com vontade de se jogar de braços abertos no colo da vida. E nenhum evento resume mais o espírito do verão do que o Carnaval. Deixando um pouco os desfiles profissionais de lado, o que o povo quer mesmo é ir pra rua curtir os blocos, ou ir pro nordeste curtir os trios e ser feliz. Nesse “ser feliz” você pode colocar uma porção de coisas como beber um monte, beijar um monte de gente, dormir com algumas delas, ter histórias pra contar, emagrecer uns 2 kg só com a perda de água, beijar mais um monte de gente, conhecer gente nova, fazer novos amigos e no fim, ficar com alguns deles também. Não julgue, não seja careta, não diga que as pessoas usam o Carnaval como pretexto pra putaria e libertinagem: permita-se ou, no máximo, não estrague a animação alheia.
O que acontece em relação à loucura das festas do feriado mais animado do ano é que quem participa e se joga acha um máximo, e quem fica de fora acha besteira ou coisa pior. Mas não é besteira, nem coisa pior, nem coisa do tipo. A bagunça do Carnaval é uma aula de vida. É que geralmente a gente tá meio – muito – alcoolizado, ou já ligou o foda-se e não está nem aí pra nada, mas essa maratona de festa e euforia ininterrupta pode nos mostrar muito mais do que cerveja, confetes, gente suada e calor escaldante. Por exemplo: na fartura de pretendentes do Carnaval todos acabam descobrindo um pouco mais sobre os próprios gostos. As moças começam a perceber que gostam mais de ficar com caras de um tipo X, ou de um tipo Y, mas talvez não percebessem isso se não houvesse tanta gente disponível dando sopa. Com os rapazes acontece o mesmo.
Muita gente – principalmente quem nunca se jogou na rua pra curtir a folia – acha que Carnaval é sinônimo de gente sem critério que pega qualquer um, mas não é assim. É no meio da multidão que você percebe, entre beijos e botas, que os seus critérios são claros. Ao mesmo tempo é nessa multidão que as pessoas se permitem experimentar coisas novas e saírem da caixinha. A moça nunca tinha ficado com um cara mais baixo que ela, mas no Carnaval isso pode acontecer e ela pode descobrir que altura não importa. O rapaz pode nunca ter ficado com moça de cabelo raspado, mas no Carnaval isso acontece e ele descobre que a beleza está muito além de um cabelão. “A festa do povo” permite que as pessoas testem suas preferências, tenham certeza de algumas opiniões e mudem completamente outras.
Isso também acontece em relação ao sexo! É sabido que o pessoal transa bastante com desconhecidos nesses quatro dias de festa, mas o embalo da bagunça torna ambos os sexos mais liberais e criativos. Tem gente que descobre posições novas, tem gente que transa em lugares públicos que em nenhum outro contexto teriam chance – ou coragem. Sexo a três entre desconhecidos? No Carnaval tem. Sexo com pessoas do mesmo sexo mesmo que você nunca tenha feito algo semelhante? O Carnaval te dá essa chance. Sexo com alguém de outro estado, de outro país, de outro planeta? Tudo isso tem na bagunça da rua. Para quem tem mente aberta, tá livre de preconceitos de cor, idade, origem ou qualquer outra coisa, e quer se jogar, o Carnaval é o momento perfeito para experimentar, gostar, repetir, odiar, esquecer, relembrar, e fazer o que tiver vontade. E depois, quando chegar a quarta-feira de cinzas, eu desejo que você tenha aprendido ao menos alguma coisa nova e que mantenha esse espírito de liberdade carnavalesca para o resto do ano. Seja você solteiro, solteira, casado, casada, namorado, namorada, enrolado ou coisa do tipo: divirta-se e explore o mundo. E pelo amor de deus… usem camisinha, seus safadinhos!

By Daniel Braz

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