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terça-feira, 28 de maio de 2013

Tamanho é documento?

A pergunta que não quer calar. Há inúmeros homens por aí encucadíssimos com o tamanho do pênis, prova disso é o grande número de pessoas que procura urologistas com a reclamação: “Meu pau é pequeno” (reclamação esta na maioria das vezes respondida com um simples: “Seu pênis é normal”).
Pois bem, vamos aos números: um pênis médio em ereção mede entre 11 e 17cm – vale lembrar que essa medida deve ser tirada desde a base do pênis até sua glande (a popular “cabeça”), o que confere aos mais gordinhos certa desvantagem, pois o acúmulo de gordura no abdômen pode “esconder” parte da base do pênis, prejudicando sua medição. Um pênis considerado pequeno é aquele que apresenta até 7,5cm quando ereto. É importante salientar que se deve medir o pênis sempre em ereção.
Agora, vamos às informações mais importantes: primeiro, o canal da vagina mede entre 8 e 12cm, ou seja, qualquer valor acima disso é desnecessário durante a penetração. Segundo, é no primeiro terço da vagina (entre o orifício de entrada e o 5°cm) que a mulher possui a maioria das terminações nervosas responsáveis pelo prazer. Logo, se o “playground” se situa na entrada, é ali que se deve brincar. Além disso, muitas mulheres possuem desconforto quando o pênis atinge o colo do útero, tornando, mais uma vez, aqueles centímetros a mais dispensáveis. Por fim, quanto maior o membro, maior a probabilidade de o homem sofrer de disfunção erétil ao longo do tempo, pois quanto maior o tamanho, maior a quantidade de sangue necessária para manutenção da ereção. Assustador, não?
Portanto, o mito do pênis longo caiu por terra. Contudo, há, sim, uma ressalva a ser feita. Como a vagina aumenta seu tamanho interno quando a mulher está excitada, é necessário que o pênis tenha diâmetro suficiente para tocar e estimular toda essa área. Logo, um pênis fino terá mais dificuldade em dar conta do recado. Mesmo assim, é fato que a habilidade do homem em excitar sua parceira é muito mais importante do que qualquer outra coisa. Experimentar diferentes posições sexuais pode ajudar bastante, pois dependendo da posição sexual e do grau de abertura das pernas da mulher, há mais ou menos contato entre o pênis e a vagina, aumentando ou diminuindo a área de penetração e a sensibilidade. Vale ainda lembrar que o ponto mais sensível (e mais certeiro) de qualquer mulher é seu clitóris (muitas mulheres, inclusive, só conseguem gozar por estimulação clitoriana), por isso seu estímulo é imprescindível.
Conclusão: biologicamente, o que importa não é exatamente o tamanho, mas o diâmetro. Um homem cujo pênis é curto e grosso tem maiores chances de fazer uma mulher ter um orgasmo vaginal do que um cujo pênis é longo e fino. Mas o problema maior não está no pênis, está na cabeça das pessoas. A sociedade enfiou em nossas mentes que pênis grande é sinônimo de virilidade e prazer garantido e, infelizmente, muita gente comprou essa idéia. Não é incomum ver pessoas fazendo piadinhas sobre a “mixaria” alheia ou mulheres especulando que “fulano” deve ser ótimo de cama porque dizem ser “enorme”. É viril? É. É másculo? É. É bonito de ver? É. Garante prazer? Não. Diria um amigo meu: “Mais importante que o tamanho da onda é o balanço da maré”.

Por Julia Jones e Jason Garcia

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